sábado, 9 de fevereiro de 2013

a minha história é tão grande pro seu mar


Qualquer que seja a maneira de andar, ela anda, segue a vida que segue, na nau potente do nadar, correr, andar, pelas ruas inabitadas de verdadeiras companhias, que ela quereria ter, não fossem as mentes de seus compatriotas tão descartáveis sujando as calçadas.

Ó, e quando vem, e quando vai, e se vem, e se vai, como o bem-estar inocente dos que estão a querer algo distante de si mesmos e nunca se satisfazem com o "quem me dera ao menos uma vez" estar ao lado da vida, essa louca, amada, recalcada, ingênua maneira de se olhar no espelho e perceber-se ali ausente-presente aos fatos ou até da matéria, alheia  ao espaço, ao tempo, ao fato, ao largo do que passa ao redor de si, em velocidade baixa, mas mugindo, mugindo, como um boi brincando num pasto um passa-tempo tedioso.

Quem tem a jurisdição sobre esse corpo, quem diz onde é e onde está alguma maneira de continuar vivo, ou escrever aquela bela carta de despedida, e se melecar, num veneno dado por aqueles que te detestam ou te amam dependendo do lapso que dura o segundo a que estamos nos referindo.

Ó, é bela a estrada da vida, mas deseja ou almeja um ponto a brilhar num instante e a se apagar em outro, num farol em algum mar imaginário.

Este é um não reconhecível ponto, de estar, ser, onde chegaremos, ou chegamos, ou fomos cegados, para o momento em que seremos o "bem que se quis, depois de tudo ainda ser feliz"

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